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MULHERIL IIIII - texto da exposição





Neste ano de 2022 a Galeria do Instituto de Arte Vitória Barros completa vinte anos de (r)existência. São duas décadas dedicadas a arte e a cultura marabaense. E nada melhor para comemorar essa história é revê-la a partir dos seus melhores momentos, e escolhemos o Mulheril para trazer esse gostinho de memória.

Em sua quinta edição, a mostra Mulheril surgiu de uma exposição chamada “Mulher imagem, mulher signo” que chamava a atenção de elementos da cultura visual na representação da mulher na grande mídia. Foram selecionados recortes de revistas de circulação nacional e até mesmos aqueles clássicos papéis com piadas redigidas á máquina, frequentemente com conteúdo de cunho duvidoso. Haviam também trechos de textos retirados da internet sobre mulheres inspiradoras e, obviamente, artistas mulheres. Esse ponto foi estimulante. Compreender que haviam mulheres tão inspiradoras quanto Tarsilas e Fridas bem aqui, ao lado, compartilhando o mesmo tino na vivência da vida.

Relembrar também estimula novos hábitos, relembrar também faz a gente pensar que ainda falta mais, e digo aqui sobre o nosso acervo. Temos uma bela coleção de arte paraense em formação e, perceber que 40% deste é constituído por mulheres também é inspirador, enquanto temos grandes acervos institucionais sendo questionados onde estão as mulheres no museu, se nuas ou na reserva, podemos nos orgulhar de construirmos um caminho contrário.

Não podia ser diferente, somos um espaço matriarcal, constituído majoritariamente por mulheres: Paulas, Hellens, Iêdas, Natachas, Anas, Vitórias... e por aí vamos. E por aí seguimos, criando oportunidades para que novas mulheres possam estar aqui também, compartilhando de experiências artísticas saudáveis, com o conforto de serem acolhidas por sororidade.


Natacha Barros, curadoria

txt da exposição

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